Vista como uma das alternativas para evitar a bandeira vermelha e o risco do racionamento de água a energia solar fotovoltaica se destaca.
A frequente situação de falta de água nos reservatórios hidrelétricos e uso intenso das termelétricas fósseis, caras e poluentes, traz um sinal de alerta no setor elétrico: é hora de acelerar o uso de fontes renováveis e limpas, para diversificar a oferta e fortalecer a segurança de suprimento elétrico do Brasil. Assim, o avanço da energia solar no País, via leilões para grandes usinas ou pela geração própria em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos, é fundamental para reduzir o chamado “custo Brasil”, com uma energia elétrica mais competitiva aos brasileiros, reduzindo a ocorrência das bandeiras vermelhas na conta de luz da população e diversificando a oferta de eletricidade no País.
Para responder à demanda da população por uma energia elétrica mais limpa, mais competitiva e mais acessível, as medidas que devem ser adotadas são conhecidas. Acompanhar as políticas públicas, o planejamento e os grandes investimentos feitos em países com economias mais desenvolvidas é um dos principais caminhos a serem trilhados.
Atualmente, quando compram eletricidade de uma distribuidora, os consumidores não têm como saber quais as fontes de geração que produziram aquela energia, pois não há esta rastreabilidade. É muito comum que existam termelétricas fósseis no mix e o cidadão nem sabe que está pagando por essa energia elétrica, mais cara e poluente. Ao gerar a sua própria eletricidade a partir do sol ou de outros recursos renováveis, os consumidores passam a ter clareza e certeza de que estão fazendo uso de uma energia limpa e renovável.
Para o Brasil cumprir as suas metas climáticas e ter cada vez mais segurança de suprimento elétrico, é preciso avançar no planejamento da expansão das fontes renováveis como ferramenta estratégica e diferencial competitivo do Brasil. A geração própria de energia é parte importante desta evolução do atual modelo, trazendo aos consumidores mais protagonismo, liberdade de escolha, previsibilidade sobre seus custos e rastreabilidade de seu fornecimento elétrico. Adicionalmente, proporciona empregos locais de qualidade, distribuídos em todos os estados e regiões do território nacional, atraindo novos investimentos privados que fortalecem e movimentam a economia dos municípios brasileiros.
*Alexandre Bueno – sócio-diretor da Sun Mobi
*Rodrigo Sauaia – CEO da ABSOLAR
*Ronaldo Koloszuk – presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR